Diversas
celebrações na Europa lembraram, nesta segunda-feira, os 95 anos desde o fim da
Primeira Guerra Mundial, cujo armistício foi anunciado em 11 de novembro de
1918.
Foram quatro anos
de guerra, que começou em 1914 com uma disputa entre o Império Austro-Húngaro e
a Sérvia – após o assassinato de Francisco Ferdinando, herdeiro do trono
austro-húngaro, em Sarajevo – e se estendeu para outros países da Europa, envolvendo
também os EUA.
O saldo foi de mais
de 9 milhões de mortos, grande parte deles nas trincheiras.
A BBC recuperou arquivos históricos de pessoas que
viveram o Dia do Armistício e relembraram momentos de alívio - ou de perda.
“A guerra acabou,
não sabia?”, diziam-me na rua. Fiquei surpreso: estávamos num estágio em que
achávamos que nunca ia terminar", disse um soldado britânico que estava na
Bélgica e foi surpreendido por civis belgas e pelos seus colegas soldados
comemorando nas ruas após a notícia do armistício se espalhar.”
"Soubemos que
a paz estava a chegar", disse uma londrina, sobre as comemorações.
"Parecia que tudo ao redor de nós esperava por isso. Todos esperavam pelo
fim da guerra, e o dia em que ele chegou foi tão feliz."
No Dia do
Armistício, na capital britânica, "todos correram para as ruas para saber
o que estava a acontecer. As pessoas lotaram as ruas, dançando", lembrou.
Mas nem todos
tinham motivo para comemorar aquele dia. Uma geração havia perdido grande parte
de seus homens.
Em praticamente
todas as cidades da Europa havia ao menos uma família de luto por um parente
morto em combate.
Uma família
britânica recebeu a notícia da morte de um ente querido, um militar que lutou
na guerra, exatamente na manhã do armistício.
"Às 8h15 da
manhã, de 11 de novembro, recebemos uma carta oficial pelo correio. Levei-a à minha
mãe, que ainda estava na cama. E assim soubemos que o meu pai havia morrido.
Acho que ele estava no último navio britânico afundado", disse o filho de
um combatente.