terça-feira, 12 de novembro de 2013





Diversas celebrações na Europa lembraram, nesta segunda-feira, os 95 anos desde o fim da Primeira Guerra Mundial, cujo armistício foi anunciado em 11 de novembro de 1918.
Foram quatro anos de guerra, que começou em 1914 com uma disputa entre o Império Austro-Húngaro e a Sérvia – após o assassinato de Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austro-húngaro, em Sarajevo – e se estendeu para outros países da Europa, envolvendo também os EUA.
O saldo foi de mais de 9 milhões de mortos, grande parte deles nas trincheiras.
A BBC recuperou arquivos históricos de pessoas que viveram o Dia do Armistício e relembraram momentos de alívio - ou de perda.
“A guerra acabou, não sabia?”, diziam-me na rua. Fiquei surpreso: estávamos num estágio em que achávamos que nunca ia terminar", disse um soldado britânico que estava na Bélgica e foi surpreendido por civis belgas e pelos seus colegas soldados comemorando nas ruas após a notícia do armistício se espalhar.”
"Soubemos que a paz estava a chegar", disse uma londrina, sobre as comemorações. "Parecia que tudo ao redor de nós esperava por isso. Todos esperavam pelo fim da guerra, e o dia em que ele chegou foi tão feliz."
No Dia do Armistício, na capital britânica, "todos correram para as ruas para saber o que estava a acontecer. As pessoas lotaram as ruas, dançando", lembrou.
Mas nem todos tinham motivo para comemorar aquele dia. Uma geração havia perdido grande parte de seus homens.
Em praticamente todas as cidades da Europa havia ao menos uma família de luto por um parente morto em combate.
Uma família britânica recebeu a notícia da morte de um ente querido, um militar que lutou na guerra, exatamente na manhã do armistício.
"Às 8h15 da manhã, de 11 de novembro, recebemos uma carta oficial pelo correio. Levei-a à minha mãe, que ainda estava na cama. E assim soubemos que o meu pai havia morrido. Acho que ele estava no último navio britânico afundado", disse o filho de um combatente.

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